Se existe uma pergunta que muita gente gostaria de saber responder é essa: como juntar dinheiro ganhando pouco?
Até porque, pelo enunciado, parece que estamos falando de algo impossível. E, realmente, pode ser uma tarefa difícil, principalmente se não houver uma mudança importante de pensamento financeiro.
Economizar envolve muito mais do que encher um porquinho de moedas: é preciso ter objetivo, foco, consciência e percepção de retorno. Isso vale para quem ganha muito ou pouco. Vale para quem tem disposição de mudar seu padrão de comportamento.
Se esse é o seu caso, então siga a leitura desse artigo e confira dicas infalíveis que vão transformar sua rotina.
✱ O que vamos abordar nesse post ✱
- Por que economizar dinheiro?
- 9 dicas sobre como juntar dinheiro ganhando pouco
- Fórmulas mágicas não existem, fuja delas
- [Bônus] Aula Grátis: Curso de Educação Financeira na Prática
Por que juntar dinheiro?
Muitas pessoas ainda se questionam sobre o hábito de economizar dinheiro, ainda mais as que conseguem ter uma vida minimamente confortável. Poupar não é uma atitude rotineira no Brasil. Segundo um estudo de 2019, 67% dos brasileiros não guarda sequer uma parte do seu salário.
Entre os principais motivos citados na pesquisa estão: renda muito baixa, falta de controle do próprio dinheiro, incidência de gastos não planejados e imprevistos financeiros.
O mais interessante é que ter uma reserva econômica se mostra cada vez mais importante, justamente por uma questão de antecipação de imprevistos ou emergências financeiras – ainda mais nos momentos de incerteza que estamos vivendo.
Além disso, existem diversos outros benefícios no ato de economizar: independência financeira, melhora da qualidade de vida, realização de sonhos e objetivos. Até por isso que, não basta apenas juntar, é preciso saber multiplicar esse dinheiro guardado por meio de um bom investimento, de modo que não se desvalorize com o tempo.
Realmente, no atual cenário econômico, quando muitas famílias estão com o orçamento apertado, parece ser improvável conseguir pagar todas as contas e ainda separar uma quantia para guardar (ou melhor, investir).
Mas, se dissermos que com uma boa (re)educação financeira essa atitude é possível, você acreditaria? Se mostrarmos que, com planejamento e mudança de comportamentos, é possível juntar dinheiro mesmo ganhando pouco, você teria disposição e disciplina?
Siga o post e comente ao final dele! 😉
9 dicas sobre como juntar dinheiro ganhando pouco
Antes de começar com essa lista incrível de dicas, você pode estar se perguntando: qual é o valor ideal para se economizar? Infelizmente aqui a resposta é evasiva. Somente você pode determinar isso, com base na sua real situação e diagnóstico da sua saúde financeira.
É claro que uma boa consultoria financeira pessoal seria o melhor caminho para avaliar sua situação, mas nem sempre é possível.
Por isso, selecionamos aqui algumas sugestões super interessantes para poupar mesmo com pouca grana no bolso.
Vamos lá?
1. Registre e conheça seu fluxo de caixa
Esse é um termo muito utilizado no universo do empreendedorismo, mas também vale para as finanças pessoais. O fluxo de caixa nada mais é do que o controle sobre as entradas e saídas de dinheiro: no caso, da sua conta bancária.
É muito importante ter uma visão clara e detalhada de todo o saldo que entra e todo o saldo que sai, seja semanal, quinzenal ou mensalmente. Tenha o hábito de verificar seu extrato bancário com calma e periodicamente, e busque entender o que é despesa fixa e o que é despesa variável.
Ter visibilidade de cada centavo que sai da sua conta, preferencialmente, por categoria de consumo é essencial. Por exemplo, se você vê boa parte do seu salário sendo gasto com aplicativos de delivery, no próximo período pode se comprometer a cozinhar sua própria comida.
2. Repense seus hábitos de consumo
Esse talvez seja o principal ponto para qualquer iniciativa de economia. De nada adianta planejamento, visibilidade e metas se você não mudar o seu comportamento financeiro.
É bastante provável que seus hábitos de consumo sejam os maiores vilões no momento de juntar dinheiro. Assim como comentamos dos aplicativos de entrega de comida anteriormente, fazer uma análise detalhada pode ajudar a eliminar diversos gastos desnecessários que você pode ter e sequer saber.
Além disso, também vale:
- Avaliar todas as taxas e tarifas do seu banco e negociar
- Evitar comprar no cartão de crédito (pelo menos nos primeiros meses de economia)
- Acabar com as comprar por impulso
- Buscar utilizar cupons de desconto
- Sempre fazer pesquisas de preço
- Jamais gastar mais do que você ganha (isso deveria ser óbvio, mas nem sempre é)
- Nunca sair às compras sem fazer listas
- Evitar ao máximo pagamentos parcelados
Essas são apenas algumas das iniciativas comportamentais que podem ser incorporadas no seu dia a dia. A ideia é ir, aos poucos, transformando a sua relação com o dinheiro.
3. Crie metas possíveis
É claro que ter metas bem definidas é essencial no processo de juntar dinheiro. Afinal, a economia só faz sentido se tiver um motivo claro e bem desenhado. Por isso, é importante frisar aqui a estruturação de metas que estejam dentro das suas possibilidades.
De nada adianta uma pessoa que nunca teve a rotina de guardar grana simplesmente colocar a meta de concretizar seu sonho em curto período de tempo. Ou mesmo projetar um objetivo muito distante de ser realizado e esquecê-lo pelo caminho.
O legal é, mesmo tendo um grande sonho, detalhar pequenas metas para se aproximar dele. Chamamos essas pequenas conquistas de milestones ou marcos. Assim, você fragmenta seus desafios e percebe seu avanço ao longo do tempo.
Vamos exemplificar:
Imagine que seu objetivo é fazer uma viagem em família. Essa viagem é para um lugar bem distante e tem um alto custo. Você nunca fez nenhum tipo de economia, mas pretende realizar esse sonho em até dois anos. Você pode desenhar uma linha do tempo, até a data da viagem e nela marcar pontos importantes de realização.
Nesse caso, cada microrrealização estimula continuar com o objetivo principal – inclusive, valem pequenas celebrações.
4. Conte com a tecnologia
É sempre bom lembrar que, no processo de economia de dinheiro, a documentação é essencial. Leia “documentação” como “acompanhamento”. Anotar todo e qualquer dinheiro economizado, projetar economias em períodos futuros, ter uma visão sobre gastos inesperados, enfim. É preciso ter tudo na ponta do lápis.
Ou do celular. Isso porque a gama de aplicativos e programas disponíveis para controlar as finanças é cada vez maior. A tecnologia pode ser uma ótima aliada quando o assunto é juntar dinheiro. Experimente opções e veja qual se adapta melhor à sua rotina e necessidade.
Aqui vão algumas sugestões:
- Organizze: já na versão grátis, você consegue fazer um bom acompanhamento das finanças. Com o aplicativo é possível criar metas, controlar cartões de crédito e vencimento de contas. Com visual simples e interação facilitada, é um dos mais famosos apps do segmento.
- Olivia: com esse aplicativo, você consegue centralizar todas as suas informações financeiras em um só lugar. Além disso, você garante que todos os gastos sejam categorizados automaticamente e ainda recebe recomendações personalizadas de como gastar melhor.
- Mobills: ainda que a versão free tenha limitações de lançamentos por mês, é possível criar e acompanhar metas financeiras a partir de gráficos no aplicativo. Além disso, ele permite sincronizar as informações direto com o servidor, podendo resgatá-las em qualquer outro aparelho.
- Google Keep: esse é um aplicativo destinado a criação de notas, mas também pode ser útil quando o assunto é finanças. Você pode criar registros sobre suas movimentações financeiras e, inclusive, compartilhá-los com outras pessoas.
- Grupo de WhatsApp: essa pode parecer uma solução maluca, mas funciona para várias pessoas. Crie um grupo no WhatsApp apenas com você e registre todas as suas anotações referentes a finanças. Como esse é um aplicativo usado de forma mais recorrente, pode ser uma boa forma de estabelecer o ato de anotar.
Independente de qual ferramenta você escolher, é importante ter constância no uso do aplicativo. Não adianta utilizar apenas algumas vezes e depois abandoná-lo ou achar que a solução tecnológica fará tudo por você. Crie o hábito de acessar utilizar a tecnologia escolhida semanalmente, e mantenha todas as informações devidamente atualizadas.
5. Renegocie suas dívidas
Num mundo ideal, antes de sair contando suas moedinhas para alcançar um sonho, seria incrível se você pudesse se livrar de todas as suas dívidas. Sabemos que esse tema é um grande tabu, e muitas vezes sequer é lembrado/citado – como se essa fosse uma forma simples de apagá-lo.
Mas, melhor do que fugir dos problemas ou empurrá-los para debaixo do tapete, é resolvê-los de vez. E, ao contrário do que boa parte das pessoas pensa, negociar dívidas não é uma tarefa tão difícil.
Isso pode ser feito diretamente com o credor ou com empresas de cobrança. O importante é deixar clara a sua vontade de quitar a dívida e entender quais condições estão disponíveis para tal.
É bastante comum conseguir reduções significativas no valor, na maior parte das vezes. Isso porque é mais vantajoso para a empresa baixar o valor da dívida (e receber o pagamento), do que nunca ver a cor do dinheiro.
Procure entender como sua dívida pode ser renegociada, faça uma contraproposta e livre-se desse fantasma. Assim, juntar dinheiro passa a se tornar algo mais prazeroso!
6. Procure uma renda extra
Essa dica pode parecer óbvia demais, mas é sempre bom relembrar: buscar uma fonte de renda extra pode ser uma ótima saída para quem quer juntar dinheiro ganhando pouco. E esse tipo de atitude nem sempre depende de um grande talento ou de muito tempo sobrando.
Faça uma lista com possibilidades de trabalho freelancer, que você pode oferecer mesmo já trabalhando com carteira assinada, por exemplo. Em seguida, busque sites que conectam pessoas a necessidades de produto ou serviço.
Alguns exemplos:
Muitas vezes, você pode ter um conhecimento que outras pessoas estão precisando. Não deixe de pesquisar sobre o seu mercado de atuação.
7. Venda o que você não usa mais
Já pensou em tudo o que você tem hoje e que simplesmente não tem mais serventia? Isso vale para qualquer coisa: roupas, calçados, móveis, utensílios domésticos, objetos decorativos, enfim.
Pode parece bobagem, mas se desfazer de itens que não são mais usados pode ser uma boa forma de juntar dinheiro. É claro, você precisa fazer uma boa seleção, realizar reparos e limpezas (se necessário) e encontrar formas de vender.
Existem diversos sites que facilitam a venda de produtos usados, como OLX, Enjoei, Mercado Livre, Estante Virtual, Remobile e Ficou Pequeno. Além disso, você pode criar sua própria página, um perfil nas redes sociais ou mesmo enviar fotos de seus itens por aplicativos de mensagem.
O importante é pensar na logística de entrega ou retirada, além de formas e condições de pagamento.
8. Motive sua família
Se você mora com mais pessoas, ou tem objetivos compartilhados, saiba que economizar em parceria pode ser uma ótima alternativa. Isso porque além do apoio e incentivo, também é possível unir as moedinhas – o que tende a acelerar o alcance das metas.
Com relação à mudança de hábitos, poder contar com a ajuda de outras pessoas também é essencial. Uma apoia e incentiva a outra e, de forma orgânica, o processo de juntar dinheiro torna-se natural.
Envolver crianças e adolescentes no processo também é extremamente benéfico. Assim, aos poucos, vão compreendendo a importância da consciência financeira. A economia doméstica vem ganhando cada vez mais força no país e existem diversas práticas que podem ser aplicadas dentro de casa:
- Fale sobre dinheiro com as crianças, não deixe esse assunto se tornar tabu
- Comente sobre entradas e saídas de dinheiro, valor de compras e outros
- Faça listas com itens necessários para compra
- Incentive os adolescentes a fazerem pesquisa de preço
- Pratique a mesada, de qualquer valor e ensine a administrar a quantia
- Estabeleça metas simples e factíveis em conjunto com a família
9. Invista seu dinheiro de forma inteligente
Afinal, investir na poupança já não cola mais, não é? Talvez nem todo mundo saiba, mas é possível fazer investimentos mesmo com baixas quantias de dinheiro. Você não precisa esperar se tornar um milionário para começar a investir (e investir de forma inteligente).
Investir não é só fazer seu dinheiro multiplicar, mas evitar perder dinheiro enquanto ele estiver parado. Não faz sentido, por exemplo, deixar o dinheiro parado no cofrinho na conta bancária. Muito provavelmente quando você for utilizá-lo, ele estará valendo menos.
No entanto, pense em qual tipo de investimento vale mais a pena para o seu momento e para sua necessidade. Existem modelos cuja liquidez e tempo de resgate, por exemplo, não compensam para quem deseja reaver o dinheiro em um curto prazo.
Pesquise, analise, simule. Esse é um tema pouco conversado e discutido no dia a dia, mas existem diversos profissionais dispostos a ajudar a entender o melhor para você. A Zelo Finanças pode apoiar você nessas escolhas, a partir de consultorias financeiras personalizadas e outros serviços.
Fórmulas mágicas não existem (fuja delas!)
Como deu para perceber, juntar dinheiro ganhando pouco não é uma tarefa das mais fáceis. É necessário dedicação, paciência e muito estudo. E não é só para você. Saiba que, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 36% dos brasileiros não administram suas finanças e não fazem ideia do entra e sai do seu próprio bolso.
Logo, é muito comum que floresçam todos os dias aquelas fórmulas mágicas e milagrosas para economizar dinheiro. Existem diversos cursos, e-books e mentorias cuja promessa pode parecer tentadora, mas apenas vão mascarar problemas, trazer frustrações e afastar você do tão sonhado objetivo.
Existem diversos métodos eficazes para guiar a economia. Um deles é o 50/30/20, que indica que 50% da renda deve ser utilizada para gastos essenciais (viver), 30% para desejos de aquisição (curtir) e 20% para economias (sonhar). Outros, como o método das 52 semanas, indicam guardar uma quantia progressiva de dinheiro, ampliando-a a cada mês durante um ano.
Independente da ferramenta escolhida para apoiar você, lembre-se sempre: todas elas são apenas guias. Duvide dos processos que asseguram grandes economias em pouco tempo ou que garantem lucros fáceis com processos simples. Tudo é uma questão de comprometimento.
[Bônus] Aula Grátis: Curso de Educação Financeira na Prática
Falando em comprometimento, aproveite agora mesmo e tire uns minutinhos para conferir a aula gratuita do Curso de Educação Financeira na Prática da Zelo Finanças. Essa é apenas uma amostra de todas dicas incríveis que selecionamos neste curso especial.
E aí? Gostou das dicas? Tem alguma outra sugestão? Comente sobre sua experiência aqui embaixo. Vou adorar acompanhar a sua história 😀